Você já parou para pensar por que seus pensamentos ou ações são como são? Inúmeras pessoas ao redor do mundo têm esse mesmo questionamento. Essa é uma pergunta que reverbera nos quartos escuros durante a noite, nas salas de aula, nos laboratórios de pesquisa, em um movimento sem fim. Uma trajetória infinita e inconclusa como a própria existência.
Por isso os estudos sobre a psiquê começaram na Grécia antiga e acontecem até os dias de hoje. Um desses é a Psicanálise.
A psicanálise já existia, precisava ser encontrada. Ela está em todos os lugares e participa da vida de todas as pessoas.
E foi acolhida por um austríaco/pesquisador que, em 1909, realizando uma conferência nos Estados Unidos apresentou Josef Breuer como o verdadeiro fundador da Psicanálise, mas foi ele, o próprio Sigmund Freud que a adotou como filha, tornando-se o pai.
Enquanto responsável, Freud criou uma técnica para, por meio dela, aventar objetivos e ações que definissem qual o meio que seria utilizado para que os conflitos e as angústias humanas pudessem ser minimizados.
Assim nasceu a “associação livre de ideias”. Uma técnica em que o analisando será ouvido pelo profissional que estará apto a escutá-lo com “atenção flutuante”, para provocar, por meio de sugestões e problematizações, o paciente. O escutar do analista será atento e bem técnico, pois este precisa perceber o que o inconsciente do analisando pode liberar e, assim, levá-lo a utilizar a “livre associação de ideias” como subsídio para a análise e, consequentemente ajudá-lo a encontrar um entendimento da própria vida.
Evidentemente que durante uma sessão pode acontecer que o analisando deixe fluir mecanismos de defesas que com certeza poderão dificultar o trabalho do psicanalista. Contudo, o entendimento destes mecanismos por parte do analista, o faz manejar o discurso a favor da análise, até que o analisando se sinta à vontade para contar de suas venturas e desventuras com mais tranquilidade. Quando isso acontece Freud dizia que ocorreu a transferência.
Bem, até aqui conseguimos perceber, mesmo que com pouco aprofundamento, da importância que os estudos psicanalíticos tiveram e têm para o mundo. Entendemos também que Freud trabalhou para a solidificação de uma técnica que tem como objetivo, trazer um conhecimento da psiquê capaz de ativar o inconsciente e assim levar o analisando a rememorar situações, muitas vezes mal resolvidas. Este relembrar, leva-o a elaboração e, através desta o paciente pode ter a capacidade de ter uma existência com mais significado.
Uma constatação é inegável, o pensamento Freudiano oriundo da virada do século XIX para o XX foi um início de uma efervescente busca pelo entendimento do funcionamento do cérebro.
E de lá para cá muitas descobertas estão sendo feitas por meio de ressonâncias magnéticas e tomografias. Onde vai chegar tal conhecimento? Acredito que nem Freud saberia mensurar!